Entre
meus dois lábios, só há espaço.
Para
palavras mortas, e promessas secas.
Tantas
as secas, que chegam a inundar os olhos.
Tantas
enchentes que acabaram por varrer as faces
Todas
brancas e lavadas, limpas.
Há
tanto sal, que chega a grudar cabelos,
Que
em meio ao vento se descontrolam.
Mas
dentro da mente, onde os sonhos moram,
Todos
eles murcham e desaparecem.
Enquanto
o peito árido enlouquece,
Nessa
batida que é cotidiano.
Diferente dos demais poemas desse conjunto que chamei de "areias", este não tem nome. Acabo chamando-o pelo primeiro verso, embora não me pareça o nome mais adequado
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